Rapper Pirata
Vinte dois do seis, de dois mil e doze, SP.
Estão lá no Mario Guimarães numa fila, para
resolverem as paradas em suas vidas, de não terem acesso pleno a direitos, desse
estado constituído, Brasil.
Entram no prédio às
12hrs, porque assim inicia-se o massacre do leilão da balança justiça. Então
forma-se uma fila com poucos, que apresentam a carteira, com sua pele branca para adentra-se no palácio
de cinza e frio . Já do outro, numa quantidade gigantesca com seus cabelos raspados ou tingidos de loiro, calças
ciclones, com sotaque boliviano, de pele sempre escura. Nesse bang loco,
quem mais sentem é esse lado direito da fila.
Olha elas sempre estão lá amando e verificando pelos vidros do lado de fora,
com a expectativa da ansiedade; se os companheiros que estão assinando papeis; Será que
eles vão voltar ou ficar por lá, com alianças cinzas no pulso? perguntam-se. Terão que chamar
de senhor, alguém veste cinza. Sair do sistema penitenciário, é o lance do mito
da Fenix literalmente. O fogo do inferno do estado queima para tirar a
humanidade, tornando a alma cacos por razão das dores, quando não se tem auto-estima.
E na vida loca vão agindo, sem pensar, só perdendo seja familiares, amigos,
amores tudo por valores que não valem, mas nas ruas é o que vale.
Esse maldito jogo do sistema somos peças, que
sempre recebe o mate.
Nenhum comentário:
Postar um comentário