Rapper Pirata
SP 30/03/2010 Trabalhadores de telemarketing são explorados por empresas reconhecidas como excelências do mercado financeiro, as mesma que aprendemos em nossas universidades e pela mídia por serem consideradas como sucesso corporativo. Elas tem até certificações que aprovam essa condição, são os tais de ISO 9000 que vai até milhões. Esses certificados em si são duvidosos, porque a empresa tem três anos para obtê-los, por razão da rigidez de suas regras, que são somente regras. É sabio que muitas consultorias não vão quererem perder o cliente, assim vai os esquemas. Tudo bem, são estratégias do mundo corporativo. Agora existe um lado que é pouco discutido nesse tipo de certificação, que a do cliente empregado, esse tem que negar-se para estar incluso na determinada referencia de qualidade para empresa ficar bem na fita com o cliente externo.
Além desse tipo de certificação, tem também o aparato das revistas especializadas em empresas, que chegam a criar ranking´s de excelência para trabalhar-se, dando o sentimento de exclusividade ao trabalhador e uma segurança a ele terá seus direitos respeitados. Exemplo é a revista Exame do grupo Abril. Muitos funcionários ficam sabendo do histórico da empresa, através de seu filho na escola, que teve uma aula que citou a determinada revista. Com isso ele se pergunta: De onde eles tiram esses dados, sendo que não viu ninguém sendo perguntado referente a tal satisfação com a empresa? Lógico que se houver uma visita da revista, mandaram limpar o lugar e darão uma frase para darem como resposta, assim estarão colaborando com seu futuro na empresa.
Então o trabalhador crê nesse tipo de simulacro de verdade, é não se questiona o porque dos salário diminuem, as obrigações aumentam e direitos sendo burlados por advogados, juízes, políticos para satisfazerem o empresário.
Telemarketing subemprego.
O maior exemplo é o setor de telemarketing, considerados por todos os envolvidos como subemprego. Legisladores vão criando leis que fazem as pessoas sacrificarem-se em de 6:00hrs á 12:00hrs de trabalho, resultado em 84:00hrs semanais. Não podemos esquecer que a revolução trabalhista no início do século passado foi para reduzir essas doze horas de labuta. Só que hoje a situação real é outra, tanto que o governador Serra igualou diversas categorias trabalhistas que devem receber o salário mínimo do estado, assim os empresários não estão sendo exploradores e sim geradores de subempregos.
Essa área teria que ser respeitada, por ela ser a voz do relacionamento do cliente com a marca, ou melhor com a empresa. Mas não, ela somente tem que dar resposta estatísticas, como se não fosse formada por humanos (hardhuman) e sim números. Então minutos de atendimento são contabilizados para responder termos em inglês (timeline, feedback, maling, break e outros que não vem ao caso), muitos acham que esses termo parecem passar sofisticação, mas suas idéias são perversas. Tudo para iludir o consumidor que crê na eficiência desumana da empresa. Não há responsábilidade social no setor, creêm que descontos em universidades, que somente trata de uma estratégia comercial da própria universidade para obterem clientes, assim as call centers dizem que é investimento em gente. Hum!
Os profissionais do headset que representa essa voz da empresa com o cliente são mal renumerados. Hoje tem empresas com a Atendo do Brasil que chega a pagar R$ 300,00 de salário, pior dizem aos jovens que é o primeiro emprego para justificarem o baixo piso, sendo que o salário minimo hoje é de R$ 510,00. Isso tornou-se normal, só ler os anúncios de vagas que sobram. Agora o difícil é haver propostas de trabalho com valor de negociação de dois salários mínimos, nem o supervisor que trabalham acima de 8 horas recebem o tal valor. Esses acham-se privilegiados por ganharem R$ 900,00.
Além de ambientes de trabalho insalubres, pressão de tais metas estatísticas, ar condicionados para refrigerar máquinas e não o local e humanos: Resultado ocorrência de pneumonia e outras doenças respiratórias, as cadeiras parecem ser os chicotes, por serem totalmente fora do padrão. Mas existe lá as cartilhas de posicionamento, que no papel é incrível, assim justificam-se as tais CIPAS, que não influenciam em nada nas empresas. Sua função prioritária que seria a prevenção riscos a saúde do trabalhador, só que, somente servem para pessoas garantirem a estabilidade no emprego. Geralmente no quadro da eleições das CIPA tem gerentes, supervisores, coordenadores que são escolhidos, esse não viraram problema para o empresário. Uma alienação gerencial.
Falsas cooperativas e sindicatos.
No Brasil o setor de call center explode por razão das leis como a do Consumidor, mas é terceirizado em falsas cooperativas, que somente criam situações de exploração do trabalhador , negando seus direitos, com papo de flexibilização do trabalho. O engraçado que para poder trabalhar neses empresas como esses nomes Vivo, Banco Ge, Bradesco, Banco BMG, Telefônica, Itau, Santander, IBGE temos que sermos hiper qualificados, mas pelas cooperativas é só preencher a ficha de filiação que você está dentro.
Com automação bancária hoje todos os serviços desde a aquisição do produto até recebimento do valor são realizados por uma empresa terceirizada, tanto ela como a contratante desejam multiplicar seus ganhos e diminuir seus custos, não querem saber quem são seus funcionários. Fica a idéia da imagem da grande corporação que se distancia da situação para não prejudicarem suas falsas imagens ética.
Os sindicatos desta categoria de operador de telemarketing; Que na verdade devem haver uns trinta, sendo que cada área teria que haver um, é mas tem que bular essa regra. Então registraram os profissionais com outras significações para a empresa não ter que cumprir a exigência frágil de um tal sindicato, que seria da categoria o SINTRATEL. Ai, o operador vira consultor, atendente, colaborador entre outros, assim as empresas cumprem a CLT. Esses sindicatos não negociam em prol do profissional, por que os aumentos são de 0,005% a cada ano. O setor que pagava quase dois salários, hoje está para um ou abaixo dele, que é algo inconstitucional. Esses sindicatos não tem o poder politico de convencimento da classe, que se fizesse o direito de greve exigindo melhores condições de salario traria o caos no setor da econômica. Não esquecendo que a cobrança sindical está lá a cada ano.
Então antes de xingar um operador ao telefone, lembre o que ele passa para poder sobreviver e sujeitando-se a subemprego por suas razões.
E os políticos e o ministérios público poderiam agir para mudar essa situação. Porque falar para as pessoas não consumir o produtos dessas marcas, não é uma tradição cultural do país. Temos a dificuldade de ser solidários com outro, que pode ser alguém da sua família que trabalhará certamente nessa área do setor de serviço.
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